
Vamos deixar de catalogar as crianças, se faz favor?
Vamos deixar de catalogar as crianças, se faz favor?
“És um bebé!”; “És mesmo teimoso!”; “Só fazes asneiras!”; “Não tens vergonha de ser preguiçoso?”.
O que sentiríamos, pensaríamos e decidiríamos se, no nosso local de trabalho, o nosso chefe passasse a vida a dizer “és sempre a mesma coisa!”, “não fazes nada bem!” ou “estás sempre a queixar-te!”?”
Quantas vezes brindamos os nossos filhos com estes “mimos” e outros do género? Ou ouvimos outros pais fazê-lo com os seus? E quais as suas consequências para a autoestima da criança?
Quando estamos cansados e sem paciência para procurar as razões que estão por detrás do comportamento, é mais fácil catalogar, colocar rótulos. Mas isso traz consequências negativas no futuro, sobretudo na autoestima.
“A classificação reflete a tendência de nossa identidade de se defender da diferença que o outro representa. Rotular é enquadrá-lo numa categoria que o reduza e simplifique para nós. É preciso um esforço para se afastar dos referenciais próprios e observar a beleza da diversidade”. – Eliana Braga Atihé
Reflexões sobre catalogar as crianças
Como se sentirá quem é catalogado ou rotulado?
Tentemos colocar-nos naquele lugar. O que sentiríamos, pensaríamos e decidiríamos se, no nosso local de trabalho, o nosso chefe passasse a vida a dizer “és sempre a mesma coisa!”, “não fazes nada bem!” ou “estás sempre a queixar-te!”?
Teríamos vontade de melhorar ou nem por isso?
E o que decidiríamos fazer dali para a frente?
Tal como os adultos, também as crianças agem melhor quando se sentem melhor. E às vezes é tão simples fazer a diferença. Pense nisto.
Foto de Paula Perrier | Modelo: Max Fama/Kids)
Criei a Academia Educar pela Positiva, através da qual pretendo ajudar pais e educadores na importante missão de EDUCAR, com base nos princípios e “ferramentas” práticas da Disciplina Positiva, modelo educativo que mudou (para melhor) a minha vida e a relação com os meus filhos.